É, tá vazio.

Muda tudo de novo, mas dessa vez com medo e sensação de derrota. Nem cabe a palavra da moda, desapegar-se, pois pouco tenho ainda ao que me apegar. É desfazer. É sensação de desperdício. É desfazer-se. E evito parar pra pensar. Tudo piora quando penso. Venho e vejo o blog vazio. E constato que ele está assim porque a vida segue um tanto vazia. O coração também. Mantenho o nariz empinado dizendo que não preciso de mais do coração. Nele já tem a família, já tem os amigos-irmãos-queridos-de-todas-as-horas, já tem os outros amigos, já tem o futebol, a música, os livros e o cinema. Mas é balela. Falta a falta de fôlego. Isso eu não posso me dar.

Antigamente vinha aqui confessar, palpitar, compartilhar. Agora fica tudo subentendido nas entrelinhas ou telinhas do twitter e do facebook. A maioria acredita nessa fanfarronice. Mérito meu, que disfarço bem o vazio, ou desatenção delas. Não importa. Algumas poucas pessoas percebem o descabido. Mandam afagos em forma de palavras, beijos, carícias, versos ou prosa que revisito a todo momento e tento me reconhecer no que eles enxergam de mim. Me sinto idiota. Dramaqueen. Penso no tanque de roupa que não tenho pra lavar e concluo que esse é o problema. E fim da análise.

Shut me up.

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