José de Alencar, taxista (Cooperativa Centraltaxi, carro 085). Nasceu em Minas, cresceu no Rio Grande do Sul – de onde ainda guarda o sotaque -, passou por Pernambuco e voltou a Minas para criar gado. Por 20 anos. Desistiu de brigar com a falta de mão-de-obra e veio para o Rio. Procura terra para comprar em Goiás enquanto taxeia cariocamente. Cantarola compondo como repentista no final fechado. Ao chegar ao (meu) destino, agradece pelo prazer de lhe conceder a corrida e a companhia. José de Alencar, taxista, 93 anos. Nem o olhar diz.
– Mas como, seu José, o senhor está 93 anos não parecendo nem 60?
– Trabalho, minha filha. Muito trabalho e amor à vida. E namoradinhas de amigos meus, de vez em quando.