Saí da sala de cinema ao terminar o Cálice de Fogo já pensando não só como será a versão cinematográfica da Ordem da Fênix mas também já nas Crônicas de Narnia. É mole? E desde então passei a me perguntar qual seria o porquê dessa minha fascinação pelo mundo fantástico. Basta olhar no perfil aí do lado e você saberá exatamente a que me refiro ao conferir a minha lista de preferidos, sejam os livros ou os filmes. São muitas histórias que falam de magia, mitologia, batalhas medievais, outros mundos.
O que isso tudo quer dizer? Que vivo fugindo da realidade? Que sonho demais? Que tive uma infância altamente influenciada pela imaginação, ou o contrário, que não tive infância? É… Definitivamente não sou boa em auto-análise. Sei não, mas acho que não é nada disso (não consigo sequer participar de promoções do tipo “responda que mágica você faria em si mesmo e por quê?”). Acho que o que o me impressiona de verdade é a tal da imaginação. O poder da imaginação pura e aplicada. É admirar a capacidade criativa das mentes por trás das idéias. Fico horas pensando de onde saem as inspirações para nomes e cenários e magias e tramas e sabe-se lá mais o quê. Acho que por isso gostei tanto de Em Busca da Terra do Nunca, que mostrou as conexões entre o cotidiano de um homem e a grande obra que ele criou a partir de gestos e atitudes basicamente banais. Talvez porque me considere a menos criativa das criaturas, sei lá. Invejinha, quem sabe?
Se esse monte de imaginação e fantasia é uma coisa boa ou ruim? Também não sei. Alguns vão dizer que se trata de mais uma forma de fazer o povo não pensar ou coisas “verdadeiramente” importantes. Outros vão dizer que o mundo precisa é de mais gente com fantasia e imaginação na cabeça e no coração. Eu prefiro me juntar a estes, em busca de autores e cineastas que nasceram com uma farta porção Atreiú dentro de si, dispostos a defender a Imperatriz Criança e o reino de Fantasia da ameaça do Nada. Let the magic begin!
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