O Clone

Semana passada meu celular parou de funcionar. Eu tentava ligar e ouvia a mensagem metálica: “Não é possível completar esta chamada do seu telefone celular. Por favor entre em contato com a central de relacionamento Claro. Obrigada.”

Me lembrei que havia desabilitado o débito automático para alterar o vencimento da conta e acabei esquecendo de pagá-la. Beleza. Paguei a dívida no dia seguinte e esperei pacientemente pelas 72 horas para o desbloqueio de minha linha. Qual não foi minha surpresa quando, ao fim do prazo, descobri que ainda estava bloqueada! Oras, seria meu primeiro problema com a telefônica em quase 6 anos de relacionamento comercial, mas sempre existe uma primeira vez (nossa, que clichê!).

Bom, pus-me a postos e preparei-me para o surto com a primeira atendente não-eletrônica que me atendesse. Eis que me surpreendo outra vez: a linha não havia sido desbloqueada ainda devido à “problemas técnicos”. Fui clonada! Euzinha, maria-ninguém, clonada! Nem acreditei… Orientaram-me a comparecer a uma loja e trocar gratuitamente o aparelho. Procurei a loja no Downtown ainda na hora do almoço mas nada resolvi pois estavam “sem sistema”. Ainda bem, porque o cara que me atendeu estava com a maior má-vontade, talvez porque eu não estivesse ali para gastar. Resolvi deixar para resolver o assunto na Tijuca. Liguei de novo para o Atendimento e reclamei do cara que me atendeu na loja e dos aparelhos que me ofereceram. A atendente (esta sim, realmente constrangida e atenciosa) me explicou todo o procedimento corretamente, informou os planos que eu poderia escolher (ainda tinha essa, meu plano não existe mais) e me ofereceu novos aparelhos informando o valor da diferença que eu pagaria por cada um deles. Cheguei à loja exatamente às 19:30 e só fui atendida às 20:45. Precisamos aguardar uma autorização do setor de cadastros, fui jantar, voltei e consegui resolver tudo com o shopping já fechado, às 22:40.

Tirando a lentidão do “sistema” e o péssimo atendimento da loja do Downtown, não tenho muito o reclamar, não (acho que sou muito boazinha, né?). A conclusão é que, entre mortos e feridos, salvaram-se quase todos (argh, outro clichê). Morreu minha agenda de telefones, porque o aparelho clonado ficou na loja. Hoje pela manhã, minha primeira atitude seria enviar um email pedindo os telefones de todos novamente e aí fui eu mesma quem me surpreendeu (estranhão, usei a concordância cert?), quando descobri que havia atualizado uma lista em setembro com os telefones e emails que eu havia conseguido levantar na ocasião. Isso quer dizer que perdi, de verdade, no máximo, uns 20 números (de uma agenda com 300 é uma ótima notícia). Afinal, não incomodarei umas 280 pessoas!

Saldo final:
– mantive o número;
– estou com um aparelho que custaria R$ 600,00 pela bagatela de R$ 150,00;
– finalmente mudei para tecnologia GSM (ainda não sei bem se isso é bom ou ruim);
– perdi só uns 20 números;
– tenho um bônus de 100 minutos por mês por um ano;

Acho que não tenho mesmo do que reclamar, mas não quero ser clonada de novo, não, ouviram?

1 comment on “O Clone”

  1. Poly :o) Responder

    Clonada… Puts … que saco!
    Ainda não passei por isso…
    Mas já perdi um milhão de agendas…
    Meu celular é Vivo e sempre que ele “morre” fico arrasada…
    Beijinhos

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